18 de nov. de 2011
Filme oficial da campanha de doação de órgãos de 2011
Mensagem de um doador anônimo:
Deixo minha visão ao homem que jamais viu o amanhecer nos braços da mulher amada.
Deixo o meu coração à mulher que vive exclusivamente para fazer o coração de seu filho feliz.
Deixo meu rins a pessoas que tiveram seus sonhos interrompidos, mas que ainda os cultivam.
Deixo o meu pulmão ao adolescente que quer gritar ao mundo mais uma vez "eu te amo".
Deixo meu fígado para aqueles que não tinham esperança na recuperação.
Deixo ossos, pele, cada tecido meu à criança que ainda não descobriu o que é viver por inteiro.
Deixo a você o meu exemplo.
Deixo à minha família o desejo de ser um doador.
Deixo para a vida, enfim, um recado:
- Nós vencemos!
Seja um doador de órgãos. Seja um doador de vidas.
19 de jun. de 2011
Senado aprova inclusão de combate ao ‘bullying’ na LD
Ter, 14 de Junho de 2011 15h54min - Agência Senado
Os estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, passarão a ter a incumbência de promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e combate a práticas de intimidação e agressão recorrentes entre os integrantes da comunidade escolar, conhecidas como bullying. A determinação, que poderá fazer parte da Lei de Diretrizes de Bases da Educação (LDB), foi aprovada nesta terça-feira (14) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), em decisão terminativa, e deverá seguir agora para análise da Câmara.
Para o autor do projeto de lei (PLS 228/10), senador Gim Argello (PTB-DF), os efeitos do bullying são deletérios, “causando enorme sofrimento às vítimas”. Para ele, essa situação é ainda mais grave quando acontece nas escolas, “por afetar indivíduos de tenra idade, cuja personalidade e sociabilidade estão em desenvolvimento”.
Em sua justificativa, o senador pelo Distrito Federal lembra que o tema, por ser recente, ainda não está previsto na LDB. Para ele, a abordagem nas escolas é necessária, pois obullying se manifesta de formas diversas, que incluem insultos, intimidações, apelidos pejorativos, humilhações, amedrontamentos, isolamento, assédio moral e também violência física.
“Julgamos que essa abordagem seja mais adequada, pois evita a padronização das medidas a serem adotadas – as quais devem ser definidas de acordo com a realidade vivida em cada escola -, além de contornar o risco de tipificar condutas já tratadas no arcabouço jurídico competente, de forma mais genérica”, explicou Gim Argello.
Para o relator, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o projeto vem “em boa hora”. Em seu relatório, ele sugere algumas providências a serem adotadas pelas escolas, mas pondera que, por se tratar de uma lei geral, válida para todos os sistemas de ensino, não seria adequado descer a detalhes.
Entre as sugestões apresentadas pelo relator, estão: a capacitação técnica e pedagógica de todos os profissionais da educação que trabalham nas escolas, incluindo os não docentes; interação entre educadores e pais de alunos; articulação entre gestores educacionais e os encarregados da segurança da cidade e do bairro e ainda conscientização das crianças, adolescentes e jovens sobre as consequências “nefastas desse tipo de comportamento covarde e anti-social”.
Segundo Ana Amélia Lemos (PP-RS), o projeto é meritório e urgente, pois o bullying é uma “prática lesiva que afeta o desenvolvimento de crianças e adolescentes na fase escolar”. Marta Suplicy (PT-SP) lembrou que o bullying é um problema sério e que tem gerado crimes em vários países. Walter Pinheiro (PT-BA) ressaltou a importância de as escolas combaterem esse mal, que traz “vexame e constrangimento” às vítimas.
Gastos com Educação
Na reunião desta terça, a CE também aprovou a realização de uma audiência pública para apresentar e debater os gastos relativos aos anos de 2009 e 2010 – da União, dos estados e dos Municípios – com educação nas suas diversas modalidades, com ênfase na educação básica.
O autor do requerimento, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), também quer discutir, no debate, a planilha de custos associado ao Plano Nacional de Educação, e a evolução do número total de alunos no sistema de ensino.
- Queremos entender os números para sabermos se os recursos estão indo para o lugar certo – explicou Cristovam, ao defender a realização da audiência Pública.
Valéria Castanho / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Os estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, passarão a ter a incumbência de promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e combate a práticas de intimidação e agressão recorrentes entre os integrantes da comunidade escolar, conhecidas como bullying. A determinação, que poderá fazer parte da Lei de Diretrizes de Bases da Educação (LDB), foi aprovada nesta terça-feira (14) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), em decisão terminativa, e deverá seguir agora para análise da Câmara.
Para o autor do projeto de lei (PLS 228/10), senador Gim Argello (PTB-DF), os efeitos do bullying são deletérios, “causando enorme sofrimento às vítimas”. Para ele, essa situação é ainda mais grave quando acontece nas escolas, “por afetar indivíduos de tenra idade, cuja personalidade e sociabilidade estão em desenvolvimento”.
Em sua justificativa, o senador pelo Distrito Federal lembra que o tema, por ser recente, ainda não está previsto na LDB. Para ele, a abordagem nas escolas é necessária, pois obullying se manifesta de formas diversas, que incluem insultos, intimidações, apelidos pejorativos, humilhações, amedrontamentos, isolamento, assédio moral e também violência física.
“Julgamos que essa abordagem seja mais adequada, pois evita a padronização das medidas a serem adotadas – as quais devem ser definidas de acordo com a realidade vivida em cada escola -, além de contornar o risco de tipificar condutas já tratadas no arcabouço jurídico competente, de forma mais genérica”, explicou Gim Argello.
Para o relator, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o projeto vem “em boa hora”. Em seu relatório, ele sugere algumas providências a serem adotadas pelas escolas, mas pondera que, por se tratar de uma lei geral, válida para todos os sistemas de ensino, não seria adequado descer a detalhes.
Entre as sugestões apresentadas pelo relator, estão: a capacitação técnica e pedagógica de todos os profissionais da educação que trabalham nas escolas, incluindo os não docentes; interação entre educadores e pais de alunos; articulação entre gestores educacionais e os encarregados da segurança da cidade e do bairro e ainda conscientização das crianças, adolescentes e jovens sobre as consequências “nefastas desse tipo de comportamento covarde e anti-social”.
Segundo Ana Amélia Lemos (PP-RS), o projeto é meritório e urgente, pois o bullying é uma “prática lesiva que afeta o desenvolvimento de crianças e adolescentes na fase escolar”. Marta Suplicy (PT-SP) lembrou que o bullying é um problema sério e que tem gerado crimes em vários países. Walter Pinheiro (PT-BA) ressaltou a importância de as escolas combaterem esse mal, que traz “vexame e constrangimento” às vítimas.
Gastos com Educação
Na reunião desta terça, a CE também aprovou a realização de uma audiência pública para apresentar e debater os gastos relativos aos anos de 2009 e 2010 – da União, dos estados e dos Municípios – com educação nas suas diversas modalidades, com ênfase na educação básica.
O autor do requerimento, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), também quer discutir, no debate, a planilha de custos associado ao Plano Nacional de Educação, e a evolução do número total de alunos no sistema de ensino.
- Queremos entender os números para sabermos se os recursos estão indo para o lugar certo – explicou Cristovam, ao defender a realização da audiência Pública.
Valéria Castanho / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
9 de jun. de 2011
21 de mai. de 2011
15 de mai. de 2011
BULLYING - O LADO NADA CIENTÍFICO, PORÉM MUITO PESSOAL, DA QUESTÃO...
Texto de Maria de Lurdes Silva (Malu) - Graduada em Pedagogia com especialização em D.A. (Deficiente da Áudio Comunicação).
Nada de meias palavras, mas palavras muito inteiras e cheias de simplicidade, porque a VIDA é simples e as nossas incapacidades acabam por complicar tudo.
Dentro do meu empirismo e do meu não saber profundo, mesmo para uma pessoa que esteve dentro das salas de aulas durante mais de 20 anos, não concordo com determinadas denominações desta tão falada MODERNIDADE. O erro já começa aí, pois todo e qualquer tempo tem suas modernidades de acordo com sua época.
Tenho 43 anos. Sim, felizes, bem vividos! A vida é generosa comigo... Às vezes cruel! Mas ela é assim com todos. É como uma mãe primorosa que dentro da sua inteligência e sabedoria MORDE e ASSOPRA.
Em relato rápido vou descrever como foi minha trajetória escolar. Ah! Não foi das melhores, mas eu achava que era! Entrei na escola com pouco mais de cinco anos. Não fiz pré-escola - hoje a tão falada e discutida EDUCAÇÃO INFANTIL. Fui direto para a sala da Dona Nilza que ministrava as aulas da primeira série. Eu usava uma telelupa, que talvez hoje, por conta da MODERNIDADE, não exista mais.
Era uma lente corretora que mais parecia uma luneta comprida em meus olhos. Não sei se por instinto, ou por sensibilidade ou por uma questão de profunda humanidade, a minha MESTRA foi a mais preciosa das professoras, pois sem saber nada de EDUCAÇÃO ESPECIAL, sem saber de DIFERENÇAS ou DEFICIÊNCIAS alfabetizou-me da forma mais suave e eficaz que podia se ter.
Foram muitas adaptações a textos, a tamanhos de letras, incansável atenção da minha mãe, senhora simples, que nada sabia, mas tudo sentia em relação a sua cria... Éramos todas crianças e por sermos crianças as necessidades de um tratamento diferente eram percebidas... Tudo era algo visível... A carteira escolar bem à frente da lousa, os textos sempre com letras enormes... E, por conta disso tudo os apelidos começaram a surgir em questão de segundos e correram à escola toda como rastilho de pólvora...
Eu tinha dificuldade em descer escadas, em entrar na fila para a sala de aula, em achar a minha própria sala... Daí os epítetos - ceguinha, cegueta, Mister Magoo e por aí iam tantos outros...
Havia dias que eu entrava na brincadeira e procurava um apelido jocoso para colocar em meus colegas também... Em outros saía da escola chateada e ia para casa encontrar o colo da minha mãe ou da avó ou de qualquer um que fosse para superar algo que me doía, mas que depois passava. Afinal, nós éramos crianças e a inocência dominava-nos, sem artimanhas, sem articulações...
Passei por várias fases escolares e, na adolescência, não foi menos dorido, não! Eu continuava com um óculo forte e uma doença degenerativa que me consumia os olhos, mas estava ali, firme e forte.
Passou-se o tempo do colégio e aprendi a defender-me com sabedoria dos sarcasmos e das indiferenças dos colegas, tive ajuda de muitos e empurrões bem fortes de outros... Com isso tudo, caminhei.
No meu colegial, hoje o denominado ENSINO MÉDIO, fiz técnico em magistério. Aos 17 anos eu estava formada professora, mas não podia dar aulas por ser menor de idade... Então enquanto esperava fiz um curso técnico em Nutrição e me formei Nutricionista Técnica, também.
Fiz aula de canto, de arte, de culinária... Preenchi meu tempo da forma mais saudável que possa existir... Aos 18 anos prestei concurso público, passei em terceiro lugar dentro do estado de São Paulo inteiro, não simplesmente dentro de um único município. E fui o orgulho da minha família.
Ingressei bem longe da minha casa, não era tão fácil como é hoje em dia. Comecei em escola rural. Tempos depois consegui uma sala perto de casa e por isso, com o tempo que sobrava, fui fazer faculdade. E aí, mais crueldade!!! As pessoas não perdoam. Os apelidos sumiram, mas as atitudes de desprezos e de hostilidades tocavam-me fundo. Quatro anos que hoje também estão superados e enterrados, sob uma lápide de piedade e compaixão da minha parte.
Passei por muitos BULLYINGS, talvez a vida toda! Mas não havia este termo MODERNO. Não tinha consciência que era portadora de NECESSIDADES ESPECIAIS ou mesmo que era DEFICIENTE. Vim saber a pouco tempo, por conta das terminologias MODERNAS.
Aí eu pergunto - Quem determina tais termos? Tais denominações? Um grupo de "estudiosos" que na sua maioria nunca tiveram uma pessoa sequer com problemas ao seu lado? Que nunca passaram por situações constrangedoras, mas apenas possuem a teoria, pois a prática é muito diferente?
Bem, mas não é esse o CERNE da questão. A raiz nervosa é outra! Tantas denominações que, na minha mais descabida opinião, não servem para nada, apenas para criarem mais problemas.
Não fiquei traumatizada pelos apelidos que me colocaram!!!! Eu os superei, porque tive uma FAMÍLIA que não transferiu seus deveres para a escola, mas trabalhou ao lado dela.
Descobri aos 40 anos que era portadora de deficiência visual, afastada das salas de aula por determinação médica!!!! E tenho superado a cada dia, pois tenho pessoas ao meu lado com as mãos sempre estendidas e o coração aberto e não tenho demandado meus problemas e dificuldades para ninguém.
Caminho sem neuras, sem encucações... Fechei meus ouvidos às TERMINOLOGIAS e às CONDUTAS ESTEREOTIPADAS das CONVENÇÕES SOCIAIS.
Não estou abolindo os grandes avanços científicos, os grandes estudiosos que têm o compromisso de melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas estou clamando pela atuação de algumas entidades que andam falidas ou que, por egoísmo e falta de estrutura, saíram de cena.
É necessário sim, suportes técnicos que venham acrescentar a resolução de problemas sociais que crescem de forma gigantesca, mas é preciso RESGATAR um clã chamado FAMÍLIA.
A FAMÍLIA precisa e tem obrigação de estar presente nas atividades essenciais daqueles que eles, planejando ou não, deram à LUZ. É preciso a participação efetiva dos PAIS para que não haja delinqüentes e arrogantes jovens, sem limites e sem limitações.
As DEFICIÊNCIAS e os BULLYINGS sempre existiram, talvez com outras denominações, porém nunca se deu tanta importância como agora por conta de uma questão chamada DESCASO FAMILIAR. Resgatemos a FAMÍLIA e seus DEVERES e todos os DIREITOS serão garantidos.
Nunca, em tempo algum da história da humanidade, nossas crianças tiveram seus direitos garantidos e amparados legalmente como nos dias atuais, porém nunca teve tão relegadas à própria sorte, frágil sorte, como estão. Tantos direitos, sem lhes apresentarem seus deveres. Tantas leis ao lado dos nossos infantes e eles cada vez mais distantes da essência humana.
Sendo assim, não há nada que os protejam. Não há mecanismos que resistam diante de muitos que já existem, mas estão desvinculados de ações legítimas. São apenas mecanismos que vêm para preencher os quadros das profissões, das novas profissões que aparentam uma inutilidade tamanha.
Este é um desabafo! Nada técnico, porém necessário para contrapor às ciências que muito respeito, mas que antes de tudo e depois de mais nada têm que me mostrar suas reais utilidades.
Um grande abraço
Malu
Nada de meias palavras, mas palavras muito inteiras e cheias de simplicidade, porque a VIDA é simples e as nossas incapacidades acabam por complicar tudo.
Dentro do meu empirismo e do meu não saber profundo, mesmo para uma pessoa que esteve dentro das salas de aulas durante mais de 20 anos, não concordo com determinadas denominações desta tão falada MODERNIDADE. O erro já começa aí, pois todo e qualquer tempo tem suas modernidades de acordo com sua época.
Tenho 43 anos. Sim, felizes, bem vividos! A vida é generosa comigo... Às vezes cruel! Mas ela é assim com todos. É como uma mãe primorosa que dentro da sua inteligência e sabedoria MORDE e ASSOPRA.
Em relato rápido vou descrever como foi minha trajetória escolar. Ah! Não foi das melhores, mas eu achava que era! Entrei na escola com pouco mais de cinco anos. Não fiz pré-escola - hoje a tão falada e discutida EDUCAÇÃO INFANTIL. Fui direto para a sala da Dona Nilza que ministrava as aulas da primeira série. Eu usava uma telelupa, que talvez hoje, por conta da MODERNIDADE, não exista mais.
Era uma lente corretora que mais parecia uma luneta comprida em meus olhos. Não sei se por instinto, ou por sensibilidade ou por uma questão de profunda humanidade, a minha MESTRA foi a mais preciosa das professoras, pois sem saber nada de EDUCAÇÃO ESPECIAL, sem saber de DIFERENÇAS ou DEFICIÊNCIAS alfabetizou-me da forma mais suave e eficaz que podia se ter.
Foram muitas adaptações a textos, a tamanhos de letras, incansável atenção da minha mãe, senhora simples, que nada sabia, mas tudo sentia em relação a sua cria... Éramos todas crianças e por sermos crianças as necessidades de um tratamento diferente eram percebidas... Tudo era algo visível... A carteira escolar bem à frente da lousa, os textos sempre com letras enormes... E, por conta disso tudo os apelidos começaram a surgir em questão de segundos e correram à escola toda como rastilho de pólvora...
Eu tinha dificuldade em descer escadas, em entrar na fila para a sala de aula, em achar a minha própria sala... Daí os epítetos - ceguinha, cegueta, Mister Magoo e por aí iam tantos outros...
Havia dias que eu entrava na brincadeira e procurava um apelido jocoso para colocar em meus colegas também... Em outros saía da escola chateada e ia para casa encontrar o colo da minha mãe ou da avó ou de qualquer um que fosse para superar algo que me doía, mas que depois passava. Afinal, nós éramos crianças e a inocência dominava-nos, sem artimanhas, sem articulações...
Passei por várias fases escolares e, na adolescência, não foi menos dorido, não! Eu continuava com um óculo forte e uma doença degenerativa que me consumia os olhos, mas estava ali, firme e forte.
Passou-se o tempo do colégio e aprendi a defender-me com sabedoria dos sarcasmos e das indiferenças dos colegas, tive ajuda de muitos e empurrões bem fortes de outros... Com isso tudo, caminhei.
No meu colegial, hoje o denominado ENSINO MÉDIO, fiz técnico em magistério. Aos 17 anos eu estava formada professora, mas não podia dar aulas por ser menor de idade... Então enquanto esperava fiz um curso técnico em Nutrição e me formei Nutricionista Técnica, também.
Fiz aula de canto, de arte, de culinária... Preenchi meu tempo da forma mais saudável que possa existir... Aos 18 anos prestei concurso público, passei em terceiro lugar dentro do estado de São Paulo inteiro, não simplesmente dentro de um único município. E fui o orgulho da minha família.
Ingressei bem longe da minha casa, não era tão fácil como é hoje em dia. Comecei em escola rural. Tempos depois consegui uma sala perto de casa e por isso, com o tempo que sobrava, fui fazer faculdade. E aí, mais crueldade!!! As pessoas não perdoam. Os apelidos sumiram, mas as atitudes de desprezos e de hostilidades tocavam-me fundo. Quatro anos que hoje também estão superados e enterrados, sob uma lápide de piedade e compaixão da minha parte.
Passei por muitos BULLYINGS, talvez a vida toda! Mas não havia este termo MODERNO. Não tinha consciência que era portadora de NECESSIDADES ESPECIAIS ou mesmo que era DEFICIENTE. Vim saber a pouco tempo, por conta das terminologias MODERNAS.
Aí eu pergunto - Quem determina tais termos? Tais denominações? Um grupo de "estudiosos" que na sua maioria nunca tiveram uma pessoa sequer com problemas ao seu lado? Que nunca passaram por situações constrangedoras, mas apenas possuem a teoria, pois a prática é muito diferente?
Bem, mas não é esse o CERNE da questão. A raiz nervosa é outra! Tantas denominações que, na minha mais descabida opinião, não servem para nada, apenas para criarem mais problemas.
Não fiquei traumatizada pelos apelidos que me colocaram!!!! Eu os superei, porque tive uma FAMÍLIA que não transferiu seus deveres para a escola, mas trabalhou ao lado dela.
Descobri aos 40 anos que era portadora de deficiência visual, afastada das salas de aula por determinação médica!!!! E tenho superado a cada dia, pois tenho pessoas ao meu lado com as mãos sempre estendidas e o coração aberto e não tenho demandado meus problemas e dificuldades para ninguém.
Caminho sem neuras, sem encucações... Fechei meus ouvidos às TERMINOLOGIAS e às CONDUTAS ESTEREOTIPADAS das CONVENÇÕES SOCIAIS.
Não estou abolindo os grandes avanços científicos, os grandes estudiosos que têm o compromisso de melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas estou clamando pela atuação de algumas entidades que andam falidas ou que, por egoísmo e falta de estrutura, saíram de cena.
É necessário sim, suportes técnicos que venham acrescentar a resolução de problemas sociais que crescem de forma gigantesca, mas é preciso RESGATAR um clã chamado FAMÍLIA.
A FAMÍLIA precisa e tem obrigação de estar presente nas atividades essenciais daqueles que eles, planejando ou não, deram à LUZ. É preciso a participação efetiva dos PAIS para que não haja delinqüentes e arrogantes jovens, sem limites e sem limitações.
As DEFICIÊNCIAS e os BULLYINGS sempre existiram, talvez com outras denominações, porém nunca se deu tanta importância como agora por conta de uma questão chamada DESCASO FAMILIAR. Resgatemos a FAMÍLIA e seus DEVERES e todos os DIREITOS serão garantidos.
Nunca, em tempo algum da história da humanidade, nossas crianças tiveram seus direitos garantidos e amparados legalmente como nos dias atuais, porém nunca teve tão relegadas à própria sorte, frágil sorte, como estão. Tantos direitos, sem lhes apresentarem seus deveres. Tantas leis ao lado dos nossos infantes e eles cada vez mais distantes da essência humana.
Sendo assim, não há nada que os protejam. Não há mecanismos que resistam diante de muitos que já existem, mas estão desvinculados de ações legítimas. São apenas mecanismos que vêm para preencher os quadros das profissões, das novas profissões que aparentam uma inutilidade tamanha.
Este é um desabafo! Nada técnico, porém necessário para contrapor às ciências que muito respeito, mas que antes de tudo e depois de mais nada têm que me mostrar suas reais utilidades.
Um grande abraço
Malu
12 de mar. de 2011
30 de jan. de 2011
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